Para jornalistas suíços, pênalti não foi decisivo para vitória do Brasil
Para os jornalistas suíços hospedados no Porto Seguro Praia Resort, na praia de Curuípe, o pênalti polêmico marcado pelo árbitro japonês Yuichi Nishimura não foi o fator decisivo da vitória do Brasil sobre os croatas. "Talvez vocês, brasileiros, tenham um nível de cobrança muito alto", disse ontem Marcel Rohr, do jornal Bern Zeitung.
Para Rohr, a marcação do pênalti "não foi um erro tão grande". Segundo ele, o juiz foi induzido pela simulação de Fred, mas também pela ingenuidade do zagueiro croata Lovren, que colocou a mão no ombro do brasileiro. "Se eu fosse técnico, diria aos meus defensores para nunca fazer isso. É perigoso".
Rohr acredita que o Brasil fez um bom jogo, diante das circunstâncias. "Os jogadores enfrentaram a pressão de 200 milhões de pessoas que querem ser campeãs." E elogiou Neymar, Oscar e a dupla de zaga, com David Luiz e Thiago Silva. "Neymar marcou dois gols, mas deu sorte no pênalti".
Um dos integrantes da equipe da emissora de TV TeleZurich, Richard Schwarz afirmou que o Brasil mereceu ganhar o jogo sem a ajuda do árbitro. "O Brasil jogou bem, tentou marcar gols o tempo todo. Não é que estava fora do jogo, mas só voltou por causa do pênalti".
Schwarz afirma, no entanto, que a atuação de Nishimura deixou uma sombra em relação aos próximos jogos da seleção. "Fica uma sensação de que, na dúvida, vão apitar a favor do Brasil”. Ele disse não saber se a pressão para isso vem das arquibancadas ou da Fifa, interessada em que o Brasil avance no torneio, até para conter os protestos contra a Copa.
Como Rohr, Schwarz elogiou Neymar. "Ele foi brilhante, mesmo com toda aquela pressão. Provou sua classe, só que hoje estão falando mais do árbitro que do seu golaço".
Repórter da Radio 24, de Zurique, Nora Hessel disse ter ficado com a impressão de que o árbitro "queria que o Brasil ganhasse. De qualquer forma, é muito ruim ter uma Copa e o Brasil não avançar".
Mais que do jogo, Nora gostou da atmosfera da torcida brasileira, mesmo antes do jogo. "Fiquei emocionada durante o hino, com todo mundo cantando", disse. "E a comemoração também é diferente. Aqui a cada gol vocês ficam dançando. Na Suíça, a gente dá só um grito e já começa a beber".
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Foto: Vinicius Brandão